12 de fevereiro de 2010

Que você me adora...

(...)Vestida de luz branca com salpicos de flores azuis e vermelhas, a Manhã atravessa por entre as nuvens distraída, pensativa, refletindo sobre o caso que o Vento viera de lhe contar. Sonhadora ao recordar detalhes, ligeiramente melancólica. Um autor erudito falaria em confusão de sentimentos. (...)

Foi assim que começou... E
(...)Foram se conhecendo um ao outro cada dia uma nova descoberta. E não apenas conversaram. Juntos, ele correndo pelo chão de verde grama, ela voando pelo azul do céu, vagabundearam por todo o parque, encontraram recantos deliciosos, descobriram novas nuances de cor nas flores, variações na doçura da brisa, e uma alegria que talvez estivesse mais dentro deles que mesmo nas coisas em derredor. Ou bem a alegria estava presente em todas as coisas e eles não a viam antes. Porque - eu vos digo - temos olhos de ver e olhos de não ver, depende do estado do coração de cada um. (...)

“o gato malhado e a andorinha sinhá: Uma história de Amor"
Jorge Amado